sábado, 13 de outubro de 2012

A Bíblia, suas cores, aromas e sabores


“A Bíblia é a palavra de Deus semeada no meio do povo”. Este canto nos faz lembrar que muitas pessoas fizeram parte da construção da Bíblia, pois antes de serem escritas, elas foram vividas, contadas, celebradas e então, escritas. Sendo assim, temos muitas vozes ecoando de dentro dela, vozes de homens e mulheres, senhores e escravos, pessoas idosas e pessoas novas. Vozes que escutamos entre uma linha e outra. São vozes de alegria, de agradecimento, de súplica, de lamento, de misericórdia, de alento, de esperança, de desespero. Também temos vozes de opressores e oprimidos, de vencedores e vencidos, de empoderados e silenciados.



Nossa Bíblia é uma colcha de retalho onde se misturam cores claras e escuras, tecidos floridos, lisos, xadrez, de bolinhas, de bichinhos. Tecidos de linho, de seda, de chita, de algodão cru, de malha, de viscose. Temos também aromas de flores, de frutas, de ervas, aromas doces, ácidos que lembram os temperos da cozinha ou aromas dos alquimistas, sem contar nos sabores que vem dos fogões e dos fornos.

Quantas histórias foram contadas ao lado desses fogões e fornos? Quantas histórias foram transmitidas quando se sentava a mesa ou a beira da fogueira? Quantos sonhos embalavam aquelas pessoas? Quantas esperanças pulsavam daqueles corações? Estas histórias e sonhos permitiram que tivéssemos uma pequena coleção de livros que nossos antepassados construíram sem saber que seria um dos livros mais lido pela humanidade.

São 73 livros: 5 livros do Pentateuco, 16 livros históricos, 7 livros sapienciais, 18 livros entre profecia e apocalíptica, 5 livros entre evangelhos e atos, 14 epístolas de Paulo, 7 epístolas universais, e 1 livro do apocalipse.

São 73 livros que servem para orientar e transmitir mensagens de um Deus que sempre esteve presente na nossa história, na nossa caminhada, atendendo a tantos apelos, desejos e esperanças. Um Deus que permite ser conhecido, contemplado e louvado. E nesse sentido nada mais pertinente que as sábias palavras do salmista que diz assim: “Cantem para Javé um cântico novo! Terra inteira, cante para Javé! Cantem para Javé, bendigam o seu nome! (Sl 96, 1-2)

Sandra Regina Pereira
Educadora

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